“Este disco fala do amor em todas as suas fases”, diz Saulo Roston
“Graças a Deus estou com olheiras”, comemora Saulo Roston ao falar sobre seu primeiro disco, homônimo, lançado pela Warner. “Começamos a trabalhar três dias após a final do programa [‘Ídolos’]. E foi uma loucura! Terminamos as gravações em 60 dias, não descansamos nem no Natal nem no Réveillon”, conta Saulo. Dentre as 14 faixas de “Saulo Roston”, há espaço para duas versões, ou, como define o próprio Saulo, “homenagens”: “Aguenta Coração” (José Augusto) e “Beija Eu” (Marisa Monte). “Adoro essas músicas e foi ideia minha colocá-las no disco. Gravar Marisa Monte me deixou lisonjeado. E José Augusto ficou bem animado! Estou louco para que eles ouçam e me digam o que acharam”, anseia o rapaz de apenas 20 anos, nascido na cidade de Presidente Epitácio, interior de São Paulo.
Em especial, Saulo orgulha-se de “Você foi Feita Para Mim”, cuja letra, melodia e arranjos foram compostos por ele. “É importante colocar a minha cara no trabalho, importante mostrar que eu tenho capacidade não só para interpretar, ainda mais pela minha origem, um programa de TV”. Saulo participou ativamente de todo o processo de gravação do álbum, chegando ao ponto de desenvolver uma forte amizade com Luiz Carlos Maluly, produtor que já atuou ao lado de Caetano Veloso e Cássia Eller. “O Maluly é espetacular. Não me impôs nada. A gente sentava, conversava e decidia o que era melhor. Ele tira o que há de mais legal no artista”, empolga-se Saulo. “E foi assim com todos os músicos. Todos tiveram espaço para opinar e criar. Há um pedacinho reconhecível de cada um no disco”.
E apesar da pouca idade, Saulo já tem no currículo uma breve carreira internacional. Aos 17 anos foi para a Malásia, em um intercâmbio e, como dizem, há males que vêm para o bem. Sem domínio pleno do inglês, o rapaz hospedou-se na casa de uma família não muito harmoniosa. “A mãe e o pai discutiam o todos os dias. O clima era tenso. Em uma dessas vezes sobrou até para mim; ela me bateu”.
Disposto a sair da casa, mas não do país, Saulo passou 15 dias dormindo na rua até ser descoberto por um egípcio que o vira cantando. O homem então o levou para uma espécie de república estudantil e lá Saulo conheceu o produtor do rapper Joe Flizzow, do TooPhat. “No final das contas, o Flizzow me chamou para excursionar com ele pela Ásia. Tocamos no Asia Musical Awards (versão asiática da premiação musical da MTV) e dividimos o palco com Kanye West”, relembra.
No mês de abril, Saulo inicia uma temporada de shows para divulgar o trabalho. No próximo dia 5 ele se apresenta em um show beneficente para angariar fundos ao Instituto Ressoar, em Angra dos Reis; de lá segue para Florianópolis no dia 10, Rio de Janeiro no dia 15 e São Paulo no dia 22. “Este trabalho vai tocar o coração do público. Tem música para ouvir quando se está alegre e quando se está triste, pilhado ou bravo. É um disco que fala de amor em todas as suas fases”, finaliza.
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