4 de fevereiro de 2010

Entrevista com Priscila Borges



Com dez anos de carreira, Priscila Borges pensou em desistir da música antes de entrar no ÍDOLOS. Titubeou em alguns momentos, como na fase Teatro, mas voltou a crescer na competição, de acordo com os próprios jurados. Nesta entrevista exclusiva, Pri Borges fala sobre sua trajetória, suas influências e seus planos para depois do programa.


Redação ÍDOLOS - Qual parte foi a mais difícil até agora?
Priscila Borges - Cada fase é um desafio enorme. Nas primeiras fases (Audição e Teatro), tínhamos que cantar só para os jurados. Agora tem o público também. Difícil...

Redação ÍDOLOS - Em um momento dos workshops, você disse que o ÍDOLOS seria sua última chance de viver de música. O que você planejava fazer?

Priscila Borges - Pararia de trabalhar com música porque isso demanda muita energia e dedicação e nosso País não dá valor a isso. As pessoas acham que é só ir lá e fazer o show, e não é. Temos que fazer divulgação, marcar ensaio, visitar os bares. O cachê, que já era pequeno, ficou menor por causa da crise e da lei antifumo, que diminuiu a frequência nos lugares.

Redação ÍDOLOS - Você pretende gravar um CD, independente do resultado do programa?
Priscila Borges - Sim, quero gravar um CD com minhas músicas e quero que as pessoas vão aos lugares para me ouvir, conhecer meu trabalho, não pelo lugar só, independente de quem está lá.

Redação ÍDOLOS - Como é seu processo de composição?
Priscila Borges - São sempre coisas que estou vivendo no momento. Não é só sobre amor, é sobre o dia-a-dia.

Redação ÍDOLOS - Sua segurança é geralmente elogiada pelos jurados. Como trabalha para passar essa segurança?
Priscila Borges - São 10 anos cantando, encarando shows com 10 pessoas num dia e 50 mil no outro. Sou muito tímida, tenho vontade de cavar um buraco no chão e colocar a cabeça igual avestruz quando desço do palco. Mas quando subo no palco e solto a voz, tudo faz sentido na minha vida.

Redação ÍDOLOS - No que mais você prestou atenção quando se preparava para o ÍDOLOS?
Priscila Borges - Respirar, concentrar no motivo de eu estar aqui e trazer meus amores no coração. Não esquecer nem um segundo daqueles que me ajudam nessa jornada. E dar o meu melhor.

Redação ÍDOLOS - O que você ouve?
Priscila Borges - Soul, jazz, blues e rock. Se for pra falar em nomes, Seal (eu como o Seal, adoro!), Alicia Keys, Sade, Miles Davis, Ray Charles, Morcheeba, Muse (estou ouvindo bastante), Pink, Lenine, Cassia Eller, Elis.

Redação ÍDOLOS - O relacionamento em uma banda é bastante difícil, talvez mais duro do que um casamento, por causa da convivência, das opiniões diferentes, de características de cada um. Para você, que trabalha com uma banda, o que é mais difícil?
Priscila Borges - É não tê-los e estar no palco sozinha. Quando estou com eles e me bate alguma dúvida, olho para eles e pronto. Agora, sozinha, a coisa é mais difícil. Sou tão fiel e tão dependente desse relacionamento estreito que já me ofereceram para fazer trabalhos sozinha que eu recusei.

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